Akira

Akira aperta ela ainda mais forte, queria apertá-la forte o suficiente para coloca-la dentre de seu corpo e tirar o outro demônio de lá. Mas aquilo pareceu estranho, mesmo para uma súbita mudança de humor. Ela não havia respondido sua pergunta, e havia mudado de assunto completamente. Parecia uma criança fazendo birra para conseguir algo do pai...

- Não creio que eles possam ajudar. A sociedade das almas está ruindo pelo seu próprio peso, não acho que eles possam ajudar, nem mesmo com informações...

Akira afasta ela um pouco do peito enxugando as lágrimas da pequena, e diz ternamente.

- Mas vou ver o que eu posso fazer por você...

Ele fica de pé e começa a se retirar do quarto, mas antes dá um aceno de despedida como costumava fazer nos velhos tempo. Era um sinal para dizer "Eu já volto"...

A garota soltou Akira e sorriu um tanto quanto maliciosamente quando Akira enxugou suas lágrimas, parecia que ela estava sempre com malícia no olhar, era com certeza mais um dos efeitos do toque do abismo, esta instabilidade era provada pela fita de Reiatsu que Akira percebeu, que variava do negro ao branco, era como se ela constantemente estivesse se impondo limites, quando Akira fala da soul society, a Tiefling que estava chorando a pouco começou a rir em deboche e diz sarcasticamente:

- Então o céu para onde eu quero tanto ir está em decadencia? Hahaha... Mas eu quero ir para lá nem que seja para acabar de rui-lo...

Ela levou a mão ao rosto e começou a gargalhar por alguns instantes, mas aos poucos foi se controlando, e após ficar um pouco ofegante, ela diz com um sorriso no rosto enquanto Akira saía:

- E quanto a biblioteca meu caro irmão, o que mais poderia ter acontecido com a única coisa ao alcanse de minhas mãos que poderia me livrar desta maldição? O velho que cuidava dela foi possuído, eu notei isso na última vez que fui lá quando e ele disse que a biblioteca estava fechando, depois que notei que havia um demonio no corpo daquele homem não retornei mais para lá, tomaram ela de mim... Tomaram... hahaha...

Ela então começa a procurar alguma coisa no chão, até que pega uma folha de papel com a mão esquerda, e usa a direita para segurar na borda da janela e buscar ajuda para se levantar em esforço, andando encurvada, mancando e lentamente, ela vai até Akira que estava perto da porta, ela segura sua mão e põe a folha de papel nela, dizendo:

- Leve isto com você...

Ao olhar, era mais uma dos desenhos dela, este não parecia sombrio como os demais, era um desenho de Akira e ela quando pequenos, parecia até um retrato, os dois sorriam como se fossem felizes, algo que nunca aconteceu, talvez tivesse sido uma distorção em suas memórias ou um puro devaneio, quando Akira acabou de ver ela disse:

- Hoje não posso mais te ajudar, estou muito cansada... Mas amanhã, quando a chuva negra cair sobre sua cabeça, saberá que estarei agindo por você

Ela se aproxima de Akira e beija sua bochecha, para dizer com uma voz doce e sussurrada no pé do seu ouvido:

- Boa sorte... Oni-chan!

Akira ajuda sua irmã a andar, conduzindo-a pelo quarto, esperando para ver onde ela iria dormir. Ele desejava ajudá-la a se deitar, colocá-la na cama como nos velhos tempo. Não eram tempos felizes como o do desenho, mas certamente eram melhores do que os atuais...

- É, acho que você merece descansar um pouco, nee-chan...

Ele dá um último beijo na testa dela, para se despedir. Ele fica no quarto fazendo cafunés na cabeça dela até ver que ela adormecia, e então sai do quarto, com o papel dobrado no bolso. Iria ficar vagando um pouco a ermo na cidade, precisava tomar um ar depois daquilo...

Após desejar boa sorte ao irmão e ter sua testa beijada, a garota anda mancando, amparada por Akira, até uma parte escura do quarto, e acaba sentando em algo, possivelmente em uma cama, ela se deita, e Akira já não pode mais ver seu rosto devido ao escuro, assim que Akira senta na cama para mecher nos cabelos dela, ela deita no colo do Psy com o lado direito da face, e depois de um tempo já bem sonolenta ela diz bem baixinho:

- Arigatou... Oni-chan...

Finalmente Akira saiu daquele quarto escuro, apesar de estar em um lugar absolutamente abominável, era lá que se encontrava aquilo que ele tanto procurava...

FIM DO CAPÍTULO 1
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Akira desceu as escadas perturbadoras daquele hotel e finalmente chegou no hall novamente, lá estava aquele humano, uma televisãozinha ligada em cima do balcão assistindo algo que pelos sons parecia um filme de ação, quando Akira desce, ele olha para ele e sorri, dizendo:

- Ah! Ficou um bom tempo lá, fico feliz que Etsuki-chan tenha finalmente recebido a visita que ela tanto esperava... Se eu fosse você convenceria ela a fazer alguns exercicios, todos estes anos passando o dia todo sentada no chão desenhando está atrofiando todo o corpo dela

- Sim, é verdade. A saúde dela não parece estar muito boa... Desculpe a minha falta de etiqueta, mas será que eu poderia dormir aqui esta noite? Eu também já estou muito cansado, e gostaria de dormir logo, ainda resta um grande caminho até minha casa...

Akira faz uma cara sorridente, com as mãos juntas diante do homem.

O homem leva a mão ao queixo e olha para o teto pensativo e meio em dúvida dizendo:

- Hmm, não sei se devo...

Os sons da pequena Tv em cima do balcão daquele humano reinaram durante o tempo que ele ficou quieto pensando, era sons de tiros, explosões e arranques de motores, provavelmente um filme de ação

OFF: Role Empatia + Carisma

Aquele homem era uma figura estranha... Seus sentimentos eram difíceis de serem lidos por Akira, ele não sabia se devia sorrir, ou fazer uma cara séria, ou parecer distraído, ou fazer cara de carente de piedade, ou parecer cansado...

OFF: Carisma 2 + Empatia 0

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8 , 1

O homem desviou seu olhar do teto para Akira e ergueu uma das sombrancelhas dizendo intrigado:

- Me diga Domu-san... Porque não fica no quarto de sua irmã? Houve algum problema por lá?

- É que... Não sabia se seria permitido ou apropriado... Minha irmã estava cansada, não quis atrapalhá-la durante o sono. Mas de qualquer forma, precisaria avisá-lo antes de que iria dormirpor lá, não? Agradeço muito a sua compreensão e ajuda, senhor... ?

Depois da resposta do homem, Akira irá cumprimentá-lo e caminhará para o quarto da irmã em silêncio, deitando no chão ao lado dela sem acordá-la.

O humano sorri tranquilo fazendo um sinal de afirmativo com a cabeça e diz:

- Ah sim, entendi seu ponto... Foi bom ter me avisado mesmo, é preciso ser cuidadoso com este lugar aqui. Bem... Tenha uma boa noite senhor, e espero que goste de nossas acomodações

Akira retorna para o quarto de sua irmã novamente, ao entrar em seu quarto furtivamente para não acorda-la, o Psy vê que ela estava deitada de costas para a porta, respirando suavemente, parecia que estava dormindo profundamente.
O Shinigami se deita sobre aquele chão duro, aquilo provavelmente iria destruir sua coluna, o Psy passa incontáveis horas tentando dormir, mas de jeito nenhum conseguia pegar no sono, o choque de informações em sua mente o deixou ativo demais para conseguir pegar no sono. Sua irmã, ao contrário, estava na mesma posição durante aquele tempo todo.
A luz naquela janela foi se esvaindo conforme a passagem do tempo, até que sumiu completamente, e deixou o quarto em uma escuridão total, talvez aquilo conseguisse fazer Akira pegar no sono, mas não adiantou, depois de um tempo ele ouve a voz de irmã, em um tom ativo, como se estivesse acordada há algum tempo:

- Tambem não consegue dormir, Oni-chan?

Muitas coisas num dia só poderiam causar aquilo. Depois daquele dia tão extenuante que ele teve, Akira tinha certeza que iria dormir profundamente mesmo naquele chão duro. Mas estava enganado. Seus pensamentos não paravam, seus olhos não fechavam e o sono não vinha. Aquilo o deixava irritado, tinha que dormir, tinha que descansar. Ele havia passado por maus bocados ultimamente, tinha que deixar aquele dia para trás.

Mas ele se surpreende ao ver que sua irmã estava acordada. Jurava que a mesma estava dormindo como uma criança...

- Não... Mas você trate de relaxar, nee-chan. Amanhã será um novo dia, precisamos estar renovados...

Ele se vira para o lado oposto ao da sua irmã, e tenta esvaziar sua mente.

Ao se virar para o lado oposto a sua irmã, o Psy já esperava ouvir a resposta pela voz melódica dela, mas a voz que ouviu foi outra, nada melódica e nem agradável, era a voz do capitão Mayuri:

- Muito bem, Domu Akira... Me trouxe a um lugar maravilhoso... Este hotel e esta espécime... Vão gerar excelentes estudos...

Akira ergue seu corpo desesperadamente. Aquela voz não devia estar ali... Como ele estaria ali? Como ele havia conseguido entrar? Dava vontade de gritar de raiva. Mas Akira se contem. Ele deveria parecer normal, não deveria se desesperar agora...

- Capitão? O que o senhor está fazendo aqui?

Akira se levanta, e disfarçadamente fica com sua mão segurando o cabo da zampakutou.

Akira se levanta desesperadamente, seu corpo estava pesado, afinal de certa forma, o sangue havia esfriado e ele finalmente estava sentindo o cansaço físico decorrente daquele dia. O Psy se levanta levando sua mão à Zanpakutou e vê o capitão Mayuri sentado na cama ao lado de sua irmã que parecia dormir profundamente apesar de ter falado com Akira há tão pouco tempo. O Capitão alisava gentilmente os cabelos dela, enquanto a observava com um olhar macabro, ao perceber a reação de Akira, o cientista dirige seu olhar lentamente até ele e diz com um sorriso confiante:

- O que estou fazendo aqui? Hahaha! Pensa que sou idiota? Os planinhos daquela nanica que coloquei no comitê da lua cheia chegaram aos meus ouvidos, estive seguindo você o tempo todo, apenas por curiosidade de como esta coisa dentro de você iria reagir com situações tão adversas...

A garota murmurou com um voz tranquila enquanto mudava de posição na cama, ficando deitada de frente para Mayuri:

- Seu mistério já foi desvendado Oni-chan

As palavras dela fizeram eco em sua mente e de certa forma atordou Akira, a visão da face demoníaca de Mayuri se desfocou bastante, e enquanto o Psy sofria com isto, o Capitão prosseguiu com uma voz animadamente macabra:

- Mas parece que você tinha mais segredos do que eu podia imaginar, esta menina... Mal posso esperar para tê-la em uma mesa de operações...

Ele parece ter se lembrado de alguma coisa e disse rapidamente:

- Ah, e não se preocupe com aquela nanica, Nemu já me fez o favor de elimina-la assim como o agora extinto comitê da Lua cheia

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Akira entra em parafuso. Mas que diabos era aquilo? Era só uma emboscada? Sua irmã havia traído ele? Shina estava morta?

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Não haviam palavras para descrever aquilo. Era... Desumano, um inferno...

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- Hehehehehehe. Fico feliz que tenha lhe ajudado tanto, capitão... Será que eu não mereço alguma bonificação por isso?

Akira sua zampakutou e usa sua shikai num movimento só, apontando as armas para a cabeça do capitão e disparando assim que tivesse mira.

Assim que Akira puxou sua Zanpakutou e pronunciou seu nome, ao invés de ela se tornar um par de pistolas, elas simplesmente se desfragmentaram, virando milhões de partículas que se dispersaram no ar... O desespero tomou conta do Psy, estava desarmado perante aquele demonio chamado Mayuri, e um ser despresível "dormindo" sobre a cama que dizia ser sua irmã... Será que realmente era? Estava sendo enganado esse tempo todo?
Derrepente dentro de si, aquela presença detestável novamente, com certeza era o devorador de sonhos, risos maquiavélicos, e uma voz em sua mente logo em seguida, acompanhado por um enjoo e vontade de vomitar tamanha era aquela energia negativa:

" - Você não estava me renegando Domu Akira? E agora vem apelar para o meu poder novamente... Observe este homem a sua frente, pode encara-lo sem o meu suporte?"

Flashes do toda a sua missão na ilha voadora, em que ele se transformou e sobreviveu a tudo aquilo passaram em sua mente em um segundo, e quando voltou a si, estava sentindo vertigens e de frente com Mayuri novamente, que dessa vez estava de pé, o quarto tambem havia mudado, estavam agora no pátio da bantai 12, sua irmã havia sumido, e a tenente Nemu apareceu logo atrás de Mayuri, observando toda a cena com um olhar indiferente, como se estivesse alheia a tudo aquilo
O capitão desembainhou sua zanpakutou lentamente, enquanto fitava os olhos do Psy com aquele olhar maníaco, então ele disse debochadamente:

- Ande Akira-kun, me mostre o que este demonio dentro de você pode fazer... Me mostre!! Ou terei que abrir o seu torso para examina-lo?

De longe aquele era o pior pesadelo de Akira. Ele já não estava entendo bem as coisas antes, muito menos agora depois de sua zampakutou se vaporizar. Então o enjôo, as náuseas, a tontura, a traição. Mas ele não estava entendendo nada, sua cabeça dava muitas voltas para que ele conseguisse se concetrar em algo. Aquela voz repugnante mais uma vez... Akira ignora, não iria dar o braço a torcer mas também não estava em condições de argumentar. Depois as luzes, as memórias. Ele começa a pensar que a qualquer momento iria acordar de volta em sua cama e que toda aquela história de irmã, capitão, teletransporte para o Bantai, ilha voadora, golens e tudo mais não passasse de um dos mais complexos pesadelos de todos os tempos. Quem sabe... Quem sabe ele acabaria acordando na cama do lado de sua irmã e não existiria nenhuma história de Shinigamis e Soul Society...

"............."

Akira espera aquilo tudo acabar, mas não acaba. Ainda estava lá no Bantai encarando aquele verme de capitão, que ainda por cima o ameaçava.

- Não... Acho que você está perdendo seu tempo aqui... Não existe nada de especial dentro de mim, mas de qualquer forma você não é homem digno de me apontar uma espada.

Akira faz os gestos de ativação rapidamente para usar o bakudou Kin.

Por mais que Akira fizesse os selamentos daquele Kidou, suas cordas vocais não produziam mais nenhum som, e ele não pode pronunciar as palavras do Kidou, derrepente um pavor, uma sensação de impotência absurda e finalmente a vontade de correr, porem, mesmo que viesse a tentar isso, suas pernas naquele momento perderam a firmeza, e o Shinigami nem ao menos conseguiu se manter de pé... Mayuri observou o que acontecia com Akira com um olhar de decepção, ele começou a mecher a boca como se dissesse algo, mas seus ouvidos já não podiam definir os ruídos que entravam por ele, era como se estivesse ouvindo uma série de sons desconexos, quando ele termina, foi a vez de Nemu falar, e essa, Akira conseguiu entender, dizendo casualmente:

- Capitão, devo preparar a sala de autópsia?

Então o shinigami apaga, e quando volta a si estava preso a uma maca de metal gelada, com um ser de máscara abrindo o seu torso com um bisturi, a dor era incomensurável, ele podia ver suas tripas sendo retiradas e analizadas, e por mais dor que sentisse dor parecia que ele estava proibido de morrer... Essa operação durou tanto tempo que o shinigami chegou a beira de perder a sanidade mental, até que ele finalmente apagou... Talvez dessa vez fosse para morrer, mas não... Parece o pesadelo ainda não teve um fim, ele estava de volta àquele quarto escuro, aquela demonia dormindo sobre a cama tranquilamente, uma luz tenue vindo da janela... O Psy já tinha recuperado a firmeza nas pernas e a voz, sua zanpakutou estava proxima a ele, porem a recuperação de tudo isso não tirava a atenção de Akira de todos os lados, de onde viria a desgraça agora?

OFF: Role Fdv antes de interpretar

OFF:

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7 , 1 , 6 , 5 , 4 , 5 , 7 , 8 , 9 , 7

Akira, com algum esforço, conseguiu diferir a realidade deste momento, do pesadelo que teve anteriormente, ele tinha sido tão real que nem parecia que ele havia dormido

Akira já havia combatido aquilo com raiva, com arrependimento, com coragem, com fúria, com armas, com rituais, com puro ódio. Agora ele estava completamente desarmado de sentimentos. Sua vida era uma desgraça sem fim, um prometeu acorrentado pelos deuses para sofrer... A diferença era que Akira não havia feito nenhum bem para a humanidade, e os deuses não tinham nada a ver com aquilo. Apenas demônios.

Apenas tristeza e um coração seco, de tanto tirarem coisas de lá. Esperava a morte como quem esperava a chegada de um ente amado. Mas... Demônios não são tão legais assim... Era apenas MAIS um sonho. Ele se sentia como em um conto de fadas antigo, um conto de advertência: "Jamais durma". Sem sentido esse conto. Agora ele estava lá deitado, incapaz de olhar novamente para aquela figura que seria sua irmã.

Ele se levanta e sai do quarto o mais rápido possível.

Dormir todos os dias para Akira era um desafio, afinal no momento em que deveria relaxar, descansar... Era quando ele enfrentava os seus maiores medos, seus piores pesadelos. Acordar, era como um teste de auto controle, afinal diferir a realidade daquele mundo conturbado, era cada vez mais dificil, porem se acordar fosse uma garantia de que estaria a salvo pelo menos não seria tão mal, mas agora, mais do que nunca, os pesadelos estavam invadindo sua realidade, uma irmã insana e corrompída, demonios espreitando o seu caminho e o pior de tudo: O seu pior algoz estava morando dentro de seu eu. Acordar daqueles pesadelos não eram tanto alivio assim.
Conturbado, estressado e desgastado, Akira não teve coragem de encarar aquela que tanto buscou, que agora era apenas um sombra da menina pura e inocente que já foi um dia.
Akira saiu daquele quarto, sem ouvir a voz irritante da irmã, provavelmente dormia bastante, porem talvez fosse melhor assim.
O Psy estava naquele corredor novamente, sem ventilação, poucas luzes, sem sons, sem cores, sem ninguem, apenas um corredor desolado com 4 portas de cada lado e o corredor dobrando a esquerda onde estava a escadaria subindo e descendo

Akira estava tão desesperado que naquele momento cogitava fortemente em ir para o 4º baitai e conversar com a capitã para um tratamento psiquiátrico. Aquilo não poderia continuar. Ele estava degastado, aquele hotel era realmente estranho, tinha muita curiosidade de saber o que mais poderia estar hospedado ali, mas pouco havia sobrado dele. Estava um bagaço, teria que tomar um ar antes de qualquer coisa. Ele sai do hotel até o lado de fora e respira fundo.

Akira foi descendo as escadas, os únicos sons ouvidos eram dos seus passos nos degraus de madeira.
Até que ele atravessa aquela passagem entre a escadaria e a portaria, e ele voltou a sentir o ar circulando, sons de carros, pássaros e da Tv do homem do balcão, eram sons infantis, provavelmente um desenho animado, até então nenhuma pressão espiritual, mas no tempo do homem olhar para Akira e dar Bom dia, Akira voltou a sentir uma pressão espiritual de leve, espreitando-o, porem ninguem mais via naquele lugar, a não ser aquele humano, que diz:

- Se for se retirar senhor, por favor me devolvar a chave azul que lhe dei, tudo bem?

"Droga... Não confio nesse cara. Mas, se ele já estava com essa chave desde o começo, que diferença pode fazer?"

Ele relutantemente entrega a chave para o homem, e sai em silêncio.