Shinta

Spoiler:

Trevas. Era essa a época em que Minamoto Shinta vivia. Após mais de um ano viajando pelos mais diversos lugares, ele agora estava na vila de Vanitsu, uma vila que ficava nas margens de um rio perto de sua foz, que culminava num pequeno porto clandestino. Era um lugar muito violento e perigoso, era comum ouvir gritos de noite, encontrar corpos de manhã e negócios ilícitos em qualquer momento do dia. Mas também era um bom lugar para Shinta se esconder e sobreviver com seus pequenos golpes, roubando um pouco de dinheiro aqui e ali, e fazendo apresentações no teatro de marionetes nas horas vagas. Seu estilo de luta extremamente inusual facilitava os seus planos e ainda encantavam a platéia nas vésperas das danças eróticas das prostitutas.

E aquela era mais uma noite. Após sua apresentação usual de cada dia, ele se retira do palco para dar espaço às mulheres nuas da noite. Após receber algumas moedas do dono da casa pela apresentação ele ouve pela fresta da porta do quarto de preparo para o palco alguns outros membros do grupo do teatro de marionetes falando. Parecia algo incomum, e assim o garoto resolve ouvir do lado de fora para que eles não escondessem segredos dele, como sempre faziam.

- Vocês repararam que estão chegando muitos barcos de escravos ultimamente? O mais engraçado é que não fiquei sabendo de nenhum leilão e não vi nenhuma pessoa comprá-los! Para onde será que eles estão indo?

- Hoje de manhã eu vi que na porta da bruxa da torre do monte haviam alguns homens muito feios conversando. Eles estavam carrangando sacos grandes, até que eu vi uma mão para fora de um dos sacos que estava meio aberto. Parece que aquela bruxa está fazendo mais negócios ultimamente, e dos piores... Acho que aqueles mercadores de escravos estão fazendo fortuna vendendo para ela.

Depois de alguns meses caminhando sozinho a procura de um lugar para se reestruturar, finalmente, aquele garoto tinha onde parar e talvez erguer uma vida sozinho. Mas naquela época nada era tão simples assim.

Aos poucos as pessaos iam começar a desconfiar de suas habilidades e sua paz se tornaria algo impossível novamente.

"Será que devo interferir na vida destas pessoas?"

Saindo porta a fora, Un, como se apresentara para todos, sai andando em direção ao palco como se fossse ver as mulheres, mas sua intenção era de apenas fazer com que os homens parassem de cochichar.

No caminho, Un apenas da uma olhada de leve com seus olhos por de baixo da máscara. A máscara tinha traços dos olhos e da boca apenas e nela podia ver um rosto melancólico.

Un, como os demais membros do show o conheciam, entra no quarto de preparação, forçando o fim dos cochichos. Eles começam a voltar a arrumar as coisas para irem embora. Até que um deles resolve quebrar o silêncio.

- Gente, vocês viram que na província de Kukoru chegou uma mestre de marionetes que é capaz de controlar 5 deles ao mesmo tempo? Se ele vier para cá, nosso show pode ficar ameaçado...

Olhando para fora de forma a olhar o palco, o garoto agora voltava sua atenção para que o homem falava.

"Será que?"

Pensava o garoto, mas sem ter uma resposta ou idéia, ele apenas para e escuta para ver se o homem falava mais deste homem.

- Onde ele está hospedado?

Perguntava o garoto sem se voltar para os demais.

Os demais olham para o garoto, e o que antes falava respondia a pergunta.

- Hospedado? Como eu vou saber? Por sorte ele ainda não chegou na cidade. Quem sabe a gente devesse começar a procurar um outro ponto de apresentação?

- Depois nós resolvemos isso. Nosso trabalho terminou por hoje, vamos dormir.

Um outro homem responde, e todos concordam. Eles já haviam terminado de arrumar suas coisas e começam a deixar o quarto, enquanto se despediam do garoto.

O garoto apenas assentia a ideia enquanto voltava seu olhar para o nada.

"5 marionetes, hein?! Será que ele..."

Un se dirige até seu quarto, arruma suas coisas rápida e decidi ir dar uma volta na cidade antes de ir para casa.

Shinta arruma suas coisas organizadamente dentro de sua mochila e sai do estabelecimento. A noite estava fria e húmida, as ruas estava desertas como sempre. Naquela cidade, quem saía de noite da sua casa era para atacar alguém que tinha medo de sair da sua.

Um clima um tanto tenebroso, mas era algo que ele já estava acostumado.

"O que eu estou fazendo aqui?"

Shinta começa e retonrr para sua casa, era algo estúpido achar que ele apareceria no meio da noite.

Shinta resolve ir para casa. Ou o que ele chamava de casa, aquele pequeno quarto numa hospedaria. Era um local simples, mas os inquilinos eram tranquilos e faziam poucas perguntas. Os sons da noite permanecem ao longe, lembrando a todos da cidade que a noite não pertencia aos mortais...

Ele acorda no dia seguinte durante a manhã. A cidade já retomava suas atividades, e pessoas andavam calmamente pelas ruas.

O garoto levava uma vida tranquila como ele desejara a algum tempo. Mas ele sentia que faltava algo em sua vida. Ele só não sabia o que ainda.

Shinta toma seu café, arruma suas coisas e vai andando para longe da cidade. Ele queria treinar um pouco, mas tinha que ser escondido.

Shinata reúne suas coisas que normalmente usava para treinar e caminha para além dos limites da cidade, que ainda estava no ritmo sonolento da manhã. Ele entra em uma floresta esparça, e procura algum lugar mais reservado, atrás de uma pedra ou perto da parte alta do rio. Ele caminha até a parte alta do rio, que ele sabia ser normalmente era mais calma, mas quando se aproxima ele começa a ouvir sons de coisas pequenas caindo na água, várias delas.

"Não acredito que alguém achou este lugar."

Shinta se aproximava devagar para ver o que realmente poderia ser.

Destreza + Dissimulação 5

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