Humes' Glory.

Uma dragoa vermelha. Uma dragoa tão confiante em seu porte, que eles poderiam ter simplesmente a levado na lábia, principalmenta o bardo. E pagado algum tipo de tributo, Razee os deixaria passar. Mas a insensibilidade do bárbaro os levara ao combate que estavam tendo.

Num estreito desfiladeiro, o mesmo bárbaro avançou até o lado esquerdo da dragoa para começar a flanqueá-la, mas seu ataque não teve o menor sucesso. Logo após, contrariando todo o bom senso, o anão atacara a mulher que antes estivera sendo coagida por Razee a pagar um tributo. Todo o grupo olhou aquilo em estado de choque, o guerreiro erguendo sua espada contra a bela mulher em perigo, ao invés da fera vermelha.

Razee não pode deixar e zombar daquilo, para logo após dar seu letal sopro de fogo. Mas o grupo teve sorte, conseguindo escapar parcialmente, mas, ainda assim, o dano seria sentido para aqueles mais frágeis.

Logo, o druida conjurou uma magia, e pequena e quase nula vegetação daquela região montanhosa começou a crescer, a grama quase imperceptível sobre os pés dele agora assumia proporções magnânimas e prendia a dragoa de forma firme. Seu lobo terminou de flanqueá-la, pelo lado direito, e avançou com sua terrível mandíbula no couro dracônico.

Vahn atacou com sua gladius congelante, sacada especialmente para aquele combate. O guerreiro humano errou o primeiro ataque, mas no segundo puderam ver sua espada emitindo um leve brilho azulado e machucando a dragoa.

Silk, a bela mulher com chifres de cervo, avisou ao anão que logo acertaria as contas com ele e partiu para brigar com a fera. Erguendo sua arma sagrada e exclamando o nome do deus humano que eles procuravam, mais uma vez a fera foi agredida.

Honsendan cantou e tocou, inspirando coragem naqueles corações lutadores.

O bárbaro, já flanqueando, entrou em furia para atacar a dragoa ferozmente. Razee rugiu com a dor que sentira, fora o pior grupo de golpes até agora. O anão, finalmente atacando o inimigo certo, caminhou até a fera e investiu contra ela com sua lâmina larga e pesada, mas errou seu golpe por muito pouco.

Agora, Raaze tinha duas escolhas, tentar se soltar ou atacar. Por mais que quisesse fugir dali, sabia que aquelas plantas estavam a prendendo muito e que, provavelmente, a tentativa seria inútil e ela teria perdido a oportunidade de atacar.

Praguejando em dracônico contra tudo e todos, ela voltou-se para o bárbaro para começar a atacar.

Sua enorme boca dirigiu-se para o humano em fúria, tentando mordê-lo. Sem dar qualquer tempo de reação, ela o atacou com suas duas garras. Afastando seu rosto dali, usou uma das suas asas para machucá-lo também e, finalmente, sua longa cauda se movimentou até o bárbaro, parecendo um chicote. Raaze queria sangue e dor, e queria muito, sobretudo daquele humano insolente. Terminado seu ataque contra Lars, ela usou a outra asa para atacar o lobo, apenas porque podia fazê-lo.

A dragoa atacara o lobo com sua asa e o animal revidara, seu ataque arrancando um pedaço da carne de Raaze na junção entre a asa e o ombro. A dragoa emitiu um alto brado de dor, sua capacidade de vôo estava terrivelmente prejudicada, mas a fera sabia que não teria sequer mais chances de fazer isso. Sangue seu jorrava, sujando o companheiro animal do druida. Raaze ofegava, pois estava bem perto de cair incosciente.

Vanh deu os últimos golpes com precisão e força, os cortes que ele fez no monstro fez jorrar sangue nele e em quem estava perto, a criatura que estava próxima a ficar incosciente, após a série de ataques do guereiro humano, tombou morta. O local estava tomado pelo vermelho do sangue de Raaze, seu cadáver jazia aberto e seus órgãos, também danificados, estavam ao chão. Era uma cena grotesca, o bom-senso de todos dizia que eles deveriam fazer algo a respeito daquilo, não poderiam, simplesmente, deixar aquele cadáver ali, com as entranhas espalhadas pela estrada. Porque aquilo era uma estrada. Agora, com o combate acabado, puderam notar que aquele desfiladeiro parecia muito mais percorrido que aquele por onde viam e, naquela placa que haviam visto anteriormente, puderam notar que aquele local ligava a cidade de Uthred à cidade dos anões.

Silk olhou aquela cena medonha e suspirou, mas logo estava erguendo sua espada novamente, encarando o guerreiro anão.

-Nossa vez. - Falou de forma direta.